Sistema de Esgoto

Atualmente, o SAMAE de Jussara possui uma rede de distribuição de água tratada que atende a toda população urbana e 2 vilas rurais e conta, para isso, com aproximadamente 2900 ligações de água, fornecendo mais de 32 milhões de litros de água por mês. Já a rede de esgoto, está com 100%  executada no perímetro urbano, o restante da população que reside em zona rural, onde não possui a rede coletora de esgotos sanitários utiliza-se de fossas sépticas.

A água distribuída à população é captada de três poços artesianos que, juntos, produzem, mais ou menos, 160 mil litros/hora, e toda a água para o consumo da população é clorada e fluoretada.

A vantagem para a população do município é que o dinheiro arrecadado com as tarifas de água e esgoto é reinvestido no próprio município.

A Estação de Tratamento de Esgoto sanitário (ETE) do SAMAE de Jussara, foi construída pela Fundação Nacional de Saúde, através da contratação direta de empreiteira para execução da mesma. O perímetro urbano é constituído por 02 (duas) bacias coletoras distintas, Bacia I e II. O esgoto sanitário coletado é encaminhado e tratado em sua totalidade na Estação de Tratamento, constituída por 02 (duas) lagoas de Estabilização Anaeróbica e 01 (uma) lagoa de Estabilização Facultativa.

O projeto tanto da Estação de Tratamento de Esgotos, bem como dos emissários e da rede coletora foi projetado pelo setor de saneamento da Coordenação Regional da Fundação Nacional de Saúde do Paraná, no ano de 1995, tendo em vista o Convênio de Cooperação Técnica e Administrativa para o gerenciamento do SAMAE, existente entre a FUNASA e o Município. A conclusão da rede de esgoto na cidade, onde atingiu a meta de 100% de esgoto coletado e tratado, se deu com recurso do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Saneamento, através da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), para novos investimentos em redes de esgotos.  O SAMAE busca melhorar o projeto de reformulação do Sistema de Esgotos Sanitários, procurando acompanhar o ritmo de crescimento da cidade.

O SAMAE de Jussara possui licença ambiental do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), a Licença Ambiental de Operação nº 5.887, da Estação de Tratamento de Esgotos Sanitários, pois o processo de tratamento de efluentes é considerado eficaz, conferida pelos critérios técnicos estabelecidos. O efluente final líquido é lançado no Rio Ligeiro, com o esgoto 100% tratado.

E tem conseguido investir, aproximadamente, 30% de sua receita de arrecadação própria em novas obras no sistema de água e esgoto do município. Com total parceria da FUNASA, que realiza acompanhamentos, que constata que a eficiência do saneamento básico, quando operado pelo próprio município, alcança e consegue excelentes resultados.

Todo esse processo tem uma duração aproximada de 21 (vinte e um) dias para poder completar seu ciclo ser depositado no rio, que no caso do SAMAE, todo o esgoto tratado, como mencionado anteriormente, é jogado no Rio Ligeiro. O tratamento de esgotos domésticos, nas lagoas de tratamento de esgotos do SAMAE de Jussara, acontece da seguinte forma, os resíduos que chegam de forma bruta passam, inicialmente, por um calha parshall, uma espécie de caixa, onde é medido o volume líquido que chega, logo após, acomodam-se na primeira lagoa caracterizada por anaeróbica, essa lagoa possui uma profundidade de, aproximadamente, cinco metros, onde os microorganismos anaeróbicos, que são formados naturalmente, agem com o efluente eliminando entre 50 (cinquenta) a 60% (sessenta por cento) dos materiais pesados iniciais. Esses microrganismos atuam na ausência de luz solar, por isso a lagoa tem que ser funda. Após esse processo, o esgoto passa para a segunda lagoa denominada de lagoa facultativa, e inicia uma nova etapa do tratamento, onde outros microorganismos agem no efluente eliminando o resto do material que veio da primeira lagoa. Os microorganismos dessa segunda lagoa atuam na presença de luz solar, ou seja, necessitam de luz para atuarem sobre o efluente. Por motivo desse processo, são liberados gases que acabam gerando maus odores, por isso, este sistema deve ser localizado em áreas afastadas, longe de bairros residenciais.

Ao final do tratamento, a água que se destina ao rio encontra-se com uma cor esverdeada, devido às algas que são formadas durante o processo de tratamento, porém, essas algas não são consideradas contaminantes, mas sim alimentos para os peixes.

Portanto, como visto, o tratamento de esgotos domésticos passa por um processo minucioso, para isso é preciso cuidar e conscientizar a população para bem utilizá-lo. O SAMAE, em parceria com a Prefeitura Municipal e a Fundação Nacional de Saúde, realiza projetos de conscientização para evitar o mau uso, explicando que não se deve jogar objetos que não pertençam ao esgoto na rede coletora, inclusive águas pluviais, pois tudo isso atrapalha o tratamento.

Fonte:SAMAE Jussara


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